‘Narcos’ mantém grandes atuações com novos núcleos fortes

Se a primeira temporada de “Narcos” foi um enorme sucesso e ganhou elogios por sua trama bem amarrada e cheia de suspense, a segunda reaparece no mesmo ritmo. Sua estreia aconteceu nesta sexta-feira, 2, no canal de streaming Netflix. Após alguns atrasos no lançamento, a série chegou com o mesmo fôlego de um ano atrás. Uma coisa é certa: uma terceira temporada poderá chegar.

Já com Pablo Escobar fugitivo e a caçada ao maior narcotraficante da História em curso, os produtores trataram de criar diversos pequenos núcleos e conflitos paralelos. A ideia não só preencheu o que parecia ser a falta de assunto (até a morte do bandido), como incluiu diversos nomes de talento.

attends the Premiere of Netflix's "Narcos" Season 2 at ArcLight Cinemas on August 24, 2016 in Hollywood, California.

É o caso da bela atriz colombiana Martina Garcia, que logo no primeiro episódio chama a atenção por sua atuação intrigante. Mas os velhos personagens continuam brilhando, como Joana Christie, a Connie Murphy, esposa do agente Murphy, interpretado de forma louvável por Boyd Holbrook. A talentosa e jovem mexicana Paulina Gaitán, a Tata, esposa do Pablo, repete suas angústias que transparecem ao observador.

Porém os holofotes continuam sempre para Wágner Moura. Sim, ainda há o problema com o sotaque colombiano, mas novamente isso é algo irrelevante. Moura abraça com tanto amor o Escobar, que fica difícil odiar o cruel traficante. E onde há o vilão, há o mocinho. Todos pensam que eles sejam Peña e Murphy. Em parte são. Só que é Maurice Compte, na pele do Coronel Carrillo, quem rouba essa título com maestria. Uma atuação digna dos melhores nomes do cinema.

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Mas a história corre quase que sem deixar o espectador respirar. A trama força a quem assiste ficar em dúvida sobre que lado realmente é o que tem a razão. Ou se algum deles têm. As críticas sociais estão lá, principalmente quando mostram o assistencialismo do Pablo Escobar para com o povo de Medellín, enquanto o Estado os abandona. Em contra partida, pedem a colaboração de todos para prender o criminoso. Mais José Padilha que isso, impossível.

A fotografia dos episódios também manteve o nível altíssimo da produção. Bem como os diálogos, cheio de expressões locais e que mexem bastante com a real ideia de como era viver num estado dividido. Assim como a sonoplastia, que nos insere a um cenário musical de Medellín dos anos 90.

Mesmo sendo um “spoiler conhecido”, obviamente o patrão morre nessa temporada. Mas parece que Netflix não deixará “Narcos” morrer. Como será feita essa nova possível temporada sem o carisma Patrão que ganhou vida com Wágner Moura? Não sabemos. O que podemos dizer é que a série cumpriu tudo prometido e marcou seu espaço como uma das grandes produções do setor. E parece que teremos mais…

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