Pedro Luís, cantor e compositor carioca, sobe ao palco do Espaço Cultural BNDES do Rio de Janeiro para apresentar “Aposto”, seu primeiro DVD solo gravado após 25 anos de carreira e lançado em 2015. O show será no dia 29 de junho, às 19h, com entrada franca. O espetáculo faz parte de uma série de shows do projeto permanente “Quintas no BNDES”, que há 30 anos oferece apresentações públicas e gratuitas, que abrangem a diversidade musical brasileira.
Nesse projeto, Pedro Luís incorpora um fenômeno que se consolidava quando ainda era menino: o de o compositor interpretar suas próprias canções. O repertório é composto por algumas de suas músicas que fizeram sucesso na voz de grandes intérpretes. Assim, ele brinca com a memória coletiva do público e procura alimentar mais uma narrativa acerca da sua obra, associando-a à sua imagem e voz. A música que leva o nome do projeto traz justamente um verso com um convite a esse desafio: “Aposto, aposto que não sabia/ Aposto, essa música era minha”.
Seguindo uma linha minimalista, é um show simples, mas vigoroso. Sempre dividindo o palco com diversos músicos, como é o caso do Monobloco e da PLAP, nesse show, a força está no duo com Paulino Dias na percussão. Com essa formação imprevisível, Pedro Luís busca uma sonoridade íntima e contemporânea, olhando para as suas raízes sem uma mão nostálgica. Vale-se da fusão de elementos de diversos gêneros em suas composições e arranjos e desfila pelo palco sua vivência com seu violão, cavaco e voz. “Quis fugir de formatos coletivos com os quais estou envolvido há tantos anos e tão intensamente. Também foi um desafio, já que estou acostumado a dividir o palco com tantas pessoas. Me pus à prova de ter que dar conta do violão, do cavaquinho, da harmonia, de tudo, o que me obrigou a estudar de novo, ter uma concentração mais apurada sobre uma prática que eu não exercitei nesses últimos 10 anos”, define Pedro.
Pedro Luís já se ramificou por diversas vertentes musicais ao longo de sua carreira. Desde o rock, ao samba, do rap, ao funk, deglutindo o que lhe passava pelos ouvidos, lendo o seu redor e materializando ideias em experimentações musicais. Explorando essas diversas possibilidades, desenvolveu e mergulhou nesse show autoral. Além das composições conhecidas nas gravações do Cidade Negra (Girassol), do Rappa (Miséria S.A) e de Adriana Calcanhoto (Mão e Luva), Pedro revisita sucessos como “Bela Fera”, “Noite Severina”, “Rap do Real”, “Caio do Suingue” e “Braseiro”.