“O Abacaxi” reestreia no Rio

Sucesso de crítica e público, a peça “O Abacaxi” reestreia no Rio, em julho, com novo elenco. Em sua versão 2018, Marcius Melhem entra em cena no lugar do ator Felipe Rocha ao lado de Veronica Debom, num mergulho sobre as relações amorosas em todas as suas possibilidades. Dirigidos por Debora Lamm, os parceiros do programa de TV, “Tá no ar”, se amam, brigam e se reconciliam na pele de diversos casais que tentam dar conta das infindáveis formas de amor. A peça, que marca a estreia de Veronica como dramaturga, fica em cartaz de 16 de julho a 14 de agosto, segundas e terças, às 19h, no Teatro SESI, no Centro.

Pode-se dizer que “O Abacaxi” é uma poética incursão da comédia no teatro contemporâneo. Com um texto tragicômico é ácido, a montagem levanta questões que emergem da tentativa de enquadrar num molde esse sentimento arrebatador e indomável que é o amor. “A obra fala das angústias de uma geração que tem o ideal romântico padrão Disney como referência intelectual, mas, ao mesmo tempo, tenta se libertar, pois já está diante de outra que dilui a identidade de gênero e encara com naturalidade o amor livre”, explica a autora.

Com uma dose de existencialismo, a montagem tenta refletir sobre as diferentes maneiras de amar: é possível ser livre de fato em algum modelo de relacionamento? Como fazemos para que nossos condicionamentos passados não atrapalhem a fluidez dos nossos relacionamentos presentes? Como escapar da nossa própria prisão mental? Embalados pela trilha sonora ao vivo de Rafael Rocha (que também interage com o casal), Veronica e Marcius tentam responder a essas e outras perguntas encarnando os mais variados tipos de relações – um casal com relacionamento aberto, um trisal, um casal de amigos, pessoas em busca de amor próprio -, que, em comum, estão em busca de um amor liberto.

Para dirigir todos esses personagens Veronica convidou a amiga e parceira, Debora Lamm. Segundo ela, a montagem aborda a transição que o nosso tempo vive em relação ao amor e às combinações que tentamos estabelecer para lidar com ele. “O Abacaxi é uma peça que fala com irreverência sobre as formas de amar que ainda  estamos construindo e descobrindo”, comenta a diretora.

A cenografia de Mina Quental dá o toque final nessa salada amorosa. Para compor a ambientação dos diferentes casais nem tanto convencionais, Mina optou por colocar os móveis e objetos típicos de todo o lar fora de sua função habitual. A geladeira, por exemplo, é o guarda-roupa. A bateria está no meio da cozinha. A cama está suspensa no teto e por aí vai.  Para completar o time, Debora convidou o parceiro, Rafael Faustini, da Faustini Produções, que está desde o início à frente da produção do projeto.

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