“CAVAR UM BURACO NÃO VER O BURACO” estreia HOJE no Galpão Ladeira das Artes

Quatro mulheres rumo ao desconhecido. Esse é o ponto de partida da peça “CAVAR UM BURACO NÃO VER O BURACO”, que estreia no Rio, HOJE, de 2 a 24 de março, no Galpão Ladeira das Artes, no Cosme Velho, com direção de João Pedro Madureira e da poeta visual, Maria Isabel Iorio, da “vai!ciadeteatro” . No palco, as atrizes Andressa Lee, Júlia Horta, Katherina Amsler e Nathalia Gastim dão vida ao texto inédito de Maria Isabel, que busca refletir, através de corpos femininos, o Brasil, a cidade e as fronteiras da nossa sociedade atual. A peça fica em cartaz às sextas e sábados, às 20h.

“CAVAR UM BURACO NÃO VER O BURACO” é o primeiro texto para teatro da poeta visual Maria Isabel Iorio, que também faz sua estreia na direção ao lado de João Pedro Madureira, fundador da “vai!ciadeteatro”, de Porto Alegre. A companhia completa 10 anos em 2018. A ideia da montagem surgiu a partir de uma reportagem sobre um projeto de colonização de Marte, o MARS One, que está selecionando pessoas do mundo inteiro para uma viagem sem volta ao planeta. A partir daí, o grupo iniciou uma série de pesquisas focadas na questão do deslocamento e nos processos colonizatórios da Terra. “Mais do que falar sobre onde chegaremos, queremos pensar de onde partimos, o que ainda pode se mover nas trajetórias”, explica Maria Isabel.

Em cena, quatro mulheres que não se conhecem, se encontram em um lugar transitório à espera de uma viagem sem volta. Ao passo que permanecem ali, começam a pensar sobre o espaço – físico e simbólico – que seus corpos ocupam. “Todas elas estão ali porque querem chegar nesse novo lugar, mas começam a se deparar com as diferenças sobre o que querem de um novo lugar”, explica a autora.
Propositalmente, a peça é centrada em mulheres, não só em cena e na equipe, mas também enquanto corpo da narrativa. A ideia é a de que, destacadas da sociedade brasileira e passando a ocupar este não-lugar, possam testar as falências e as invenções de possíveis novos territórios. “É um projeto composto majoritariamente por mulheres, que fala sobre a mulher. Acho extremamente importante falarmos disso agora. Desse levante feminino”, revela João Pedro.
Segundo Maria Isabel, a encenação é pontuada por diálogos e imagens corporais que representam ora o pensamento ora a realidade das personagens. Como se houvesse duas camadas dramatúrgicas de suas corporalidades. “Porque penso a palavra como uma imagem, as ações das personagens se dividem entre o que existe e podemos ver por fora e o que realmente se dá no organismo, dentro de cada uma”, diz.

SERVIÇO – “CAVAR UM BURACO NÃO VER O BURACO”
Temporada: de 2 a 24 de março, sextas e sábados.
Local: Galpão Ladeira das Artes (Rua Conselheiro Lampreia, 225 – Cosme Velho)
Horário: 20h
Telefone: (21) 98031-8142
Preço: R$ 20 (meia) R$40 (inteira)
Classificação Etária: 12 anos
Capacidade: 40 lugares
Duração: 60 min

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