Com curadoria de Marcus Lontra Costa, Paula Klien apresenta individual no Rio

Chegou a vez do Rio de Janeiro ver de perto as obras de Paula Klien, que já passaram por importantes
palcos no cenário da arte contemporânea. Em 2017, a artista carioca mostrou o trabalho seis vezes no
exterior. Em Berlim, representada localmente, foram três vezes. Também em Nova Iorque, Buenos Aires e
Londres, numa concorrida apresentação solo na Saatchi Gallery. Esse ano, expôs pela quarta vez em Berlim
e no Brasil teve alguns de seus trabalhos exibidos em São Paulo, onde é representada pela galeria Emmathomas.

A exposição individual “Extremos Líquídos”, terá curadoria de Marcus de Lontra Costa e reunirá mais
de 20 trabalhos da artista na Casa de Cultura Laura Alvim, a partir do dia 02 de agosto.

De acordo com Marcus de Lontra Costa, Paula Klien trabalha dentro de uma imagem que não tem limites
determinados e que não tem verdades absolutas. É uma pintura que, em certo momento, parece quase
querer flutuar, quase querer sumir. Ao mesmo tempo em que é um desenho, é uma coisa que não se
consegue precisar. É no conceito da modernidade líquida de Bauman que a artista parece oscilar.
“Eu lavo água preta”, diz Paula Klien. Em seu processo criativo, lava, inúmeras vezes, as marcas criadas por
ela com o nanquim, procurando pela riqueza das cicatrizes que não conseguem ser apagadas. “O resultado
tem uma relação com a beleza que o tempo traz.” revela a artista. Ainda segundo Lontra, as pinturas, quase sempre em grandes formatos e monocromáticas, são variações de cinzas. São cenários, são imagens, são paisagens poéticas que surpreendem pela ousadia, pela criatividade e pela capacidade da artista de dominar com precisão os seus meios técnicos, os seus meios expressivos, a sua própria linguagem.

“Em Extremos Líquidos teremos uma artista surpeendentemente madura e ao mesmo tempo tensa e
provocativa. A obra de Paula Klien está num momento muito particular, onde ela se impõe subjetivamente
pela sua verdade e pela sua beleza, mas ela também anuncia novos caminhos que a artista há de trilhar. É
portanto, um compromisso de todos aqueles que se interessam por arte contemporânea, de conhecer essa
produção estranha, sofisticada e bela”. Sugere o curador.

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