Mais tradicional festival de música da Europa, o Eurovision realiza a sua 64ª edição neste sábado, a partir das 16h (horário de Brasília), em Tel Aviv, Israel. Ao todo, 26 países disputam o título. A cantora americana Madonna, que era dúvida, foi confirmada como uma das atrações da noite.
A apresentação do evento ficará sob o comando de Bar Refaeli, Erez Tal, Assi Azar e Lucy Ayoub. Os mesmos anfitriões das duas semifinais que ocorreram na terça-feira (14) e quinta-feira (16) e selecionaram os países que disputam o tão cobiçado troféu. Estima-se que 200 milhões de pessoas assistam ao vivo, superando números até do Super Bowl.
A cantora americana Madonna confirmou presença após polêmica e pedidos de boicote por parte de seus fãs. Defensora de diversas causas, os seus seguidores pediam que ela não se apresentassem em protesto às ações militares na região. A estrela lançará oficialmente seu novo single “Future” no palco do festival.
Israel ganhou o direito a sediar a edição deste ano graças a vitória da israelense Netta, em 2018, com a canção “Toy”. Pelo mesmo motivo já está classificado para a Grande Final. Além de Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha – os chamados Big Five – já estarem automaticamente na decisão por serem os maiores contribuintes financeiros da competição, outros 20 foram escolhidos durante a semana.
Na primeira semifinal, na última terça, Grécia, Belarus, Sérvia, Chipre, Estônia, Tchéquia, Austrália, Islândia, San Marino e Eslovênia foram as classificadas. Já na quinta, Macedônia do Norte, Holanda, Albânia, Suécia, Rússia, Azerbaijão, Dinamarca, Noruega, Suíça e Malta fecharam os 26 países que vão se apresentar no sábado.
Vencedor em 2017 com Salvador Sobral e a canção “Amar pelos dois”, Portugal acabou fora da Grande Final. Conan Osíris, representante lusitano que tentava o segundo título para o país, foi eliminado na primeira semifinal com a música “Telemóveis”. A saída prematura surpreendeu muitos portugueses, pois havia esperança em um novo triunfo ibérico.
Candidata da Letônia no ano passado com a canção “Funny Girl”, a brasileira Laura Rizzotto estará de volta ao Eurovision. Mas desta vez para anunciar a distribuição de pontos letã direto de Riga, capital do país. A carioca revelou na última sexta-feira (17), que sofrera um acidente de carro em março e está em recuperação.
VOTAÇÃO E OS FAVORITOS
Duncan Laurence, representante holandês e favorito ao título de 2019, segundo as casas de apostas.
Apenas os 41 países participantes podem participar da votação na Grande Final. Através de SMS, os espectadores têm direito a escolher os favoritos por até 20 vezes durante os 15 minutos após cada apresentação. Porém não votam no país de origem. Os votos destinados representam 50% do resultado total.
Um júri especializado, alocado em cada capital europeia participante, representa os outros 50%. Formado por profissionais da área, eles podem atribuir o máximo de 12 pontos para o que julgarem ser a melhor apresentação e de 10 até 1 para os demais que se destacarem, segundo suas avaliações e exceto as suas nações de origem. Os critérios em julgamento são:
- Capacidade vocal do cantor
- Performance no palco
- Composição e originalidade da canção
- Impressão geral da performance
De acordo com as casas de apostas, Holanda, representada por Duncan Laurence e a canção “Arcade”, é a grande favorita para levar o troféu e aparece com 47% de chance frente aos demais concorrentes. O holandês vence em todos os 14 sites especializados em apostadores. Em seguida aparecem Austrália com Kate Miller-Heidke (“Zero Gravity”) e Suécia com John Lundvik (“Too late for love), com 12% e 6%, respectivamente.
ONDE ASSISTIR
Transmitido pelas principais emissoras europeias, o festival será transmitido para o Brasil a partir das 16h pelos canais a cabo RTP (Portugal), TVE (Espanha) e DW (Alemanha).
Para quem for de fora do continente há ainda a opção de assistir a Grande Final ao vivo pelo canal do Eurovision no Youtube. A transmissão começa às 16h, horário de Brasília, na internet:
Sobre o Eurovision
O maior vencedor do Eurovision é a Irlanda, que detêm sete títulos (1970, 1980, 1987, 1992, 1993, 1994 e 1996). Em seguida aparecem Suécia com seis e tríplice empate entre Reino Unido, França e Luxemburgo com cinco cada. País que recebe a edição deste ano, Israel tem quatro no total.
O Festival ganhou grande projeção mundial a partir de 1974, quando o grupo sueco ABBA venceu com a canção “Waterloo”. Em 1988, outra grande estrela levou o concurso. Representando a Suíça, Celine Dion bateu os concorrentes com a música “Ne Partez Pas Sans Moi”. A expectativa dos organizadores é que ano atinjam a marca de 200 milhões de espectadores em todo o planeta.
Um país ganha o direito de sediar a edição seguinte a partir da vitória do seu representante. Considerada tão importante quanto eventos da grandeza de uma Eurocopa, o Eurovision é responsável por movimentar milhares de turistas durante a semana de sua realização. Segundo a imprensa israelense, cerca de 50 mil visitantes estão em Tel Aviv.
Entre as muitas regras, não são permitidos gestos, discursos ou letras de natureza política e cada artista só pode representar um país por ano. As músicas participantes não podem ter sido divulgadas ou interpretadas antes do dia primeiro de setembro do ano anterior à realização do Festival. Também não são permitidos animais no palco.