Foo Fighters e Queens of the Stone Age levam 30 mil fãs a loucura no RJ

20180225_220306O primeiro domingo (25/02) após o encerramento dos blocos carnavalescos no Rio de Janeiro foi de rock!  Milhares de pessoas se reuniram no Maracanã para os shows do  Queens of the Stone Age e Foo Fighters, grandes nomes do rock mundial. A noite teve abertura da banda nacional Ego To Kill Talent, que com menos de quatro anos de estrada já possui um Rock in Rio no currículo e está escalada para o Lollapalooza.

O Queens of the Stone Age entrou ao placo tomando seus instrumentos sem desperdiçar nenhum segundo. Abrindo com “If I Had a Tail” e “Smooth Sailing”, o setlist foi um compilado de singles e hits de seus álbuns.

Mesmo com poucas palavras, Josh Homme se mostrou simpático e animado com o show arriscando algumas palavras em português durante sua interação com o público. Assim como Josh, a banda foi impecável. O baterista Jon Theodore replicou o trabalho de Dave Grohl e Joey Castillo com maestria e mostrou que também é capaz de criar um som de ótima qualidade. O baixista Michael Shuman roubou a cena diversas vezes com seu ritmo enérgico. O som do guitarrista Troy Van Leeuwen se misturava com a guitarra de Josh Homme formando solos poderosos. Os efeitos sonoros do shows ficaram por conta do multi-instrumentista Dean Fertita.

Assim como os demais shows da turnê, o palco contou com um impressionante jogo de luz com bastões iluminados cujo os músicos se colidiam eventualmente. Uma decoração simples, porém, com um lindo efeito visual.

Apesar de fazer um show espetacular, o público estava bastante morno durante a apresentação da banda. Ficou nítido que a maior parte do público estava apenas aguardando o Foo Fighters. Os destaques da noite foram “No One Knows”, “Little Sister” e “Go With the Flow”, canções do 3º álbum “Songs For The Deaf”, lançado em 2002 na era de ouro da MTV, quando os clipes do grupo eram exibidos na programação do canal deixando o grupo em evidência no Brasil.

O Queens of the Stone Age é uma banda com 21 anos de estrada e sete de álbuns de sucesso composta por um time de excelentes músicos liderados por Josh Homme, um ótimo produtor e músico que também é grande parceiro de Dave Grohl. Se você não conhece a banda recomendamos que escute o som deles.

Após um intervalo de 30 minutos chegou a hora da grande atração da noite: FOO FIGHTERS! Dave Grohl entrou ao palco correndo cheio de energia (como sempre) dando início ao show com “Run” (single do novo álbum “Concret and Gold) e emendaram com “All My Life” e “Learn to Fly”.

Dave Grohl é sempre um espetáculo à parte, sua simpatia e irreverência deixam o público excitado. Além de um excelente músico, o cara é um verdadeiro showman. A cada do show do Foo Fighters eu me pergunto “Será esse o maior músico do rock da atualidade?”.

Assim como nos outros shows, o baterista Taylor Hawkins foi aclamado pelo vocalista. A bateria de Taylor possuía uma plataforma elevatória que em certo do momento do show o elevou para que todos pudessem ver seu incrível solo de bateria acompanhado apenas pela guitarra de Dave. Após a jam section, Taylor iniciou a canção “Sunday Rain”, na qual ele assume os vocais com uma performance excelente.

Em seguida, Dave anunciou que ia tocar uma canção para os antigos fãs e pediu que eles ensinassem a música para os novos adoradores da banda. Eis que começou o clássico “My Hero” em versão acústica acompanhada pelo coro da multidão. No refrão final a banda se juntou a Dave inserindo o peso da guitarra, bateria e baixo no clássico levando os fãs a loucura.

Durante a apresentação da banda, Dave Grohl transformou o palco em uma escola de rock tocando covers de clássicos do rock. “Under My Wheels”, de Alice Cooper, “Another One Bites the Dust”, “Love of My Life” e “Under Pressure” do Queen, e “Blitzkrieg Bop” do Ramones.

O repertório do show contou com hits da banda, quatro canções do novo álbum “Concrete and Gold” e covers de clássicos do rock, com direito a uma homenagem a Malcom Young, guitarrista do AC/DC que faleceu em dezembro de 2017, com “Let There Be Rock” do AC/DC. Para encerrar a noite tivemos “Everlong”, canção clássica do Foo Fighters que levou o público ao delírio pela última vez naquela noite.

O evento reuniu cerca de 30 mil pessoas no Maracanã e mostrou mais uma vez que o Rio de Janeiro não é apenas a terra do samba. O Foo Fighters e o Queens of the Stone Age fizeram um grande espetáculo que será sempre bem-vindo em solo carioca, voltem sempre.  Viva o rock \o/

 

Texto por Gláucia Xavier

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *