De acordo com entrevista do Padilha, que sempre se mostrou com direcionamento de esquerda, à revista Veja, para ele a “Lava Jato” não tem mais o “viés político que todos achavam”:
– Toda vez que alguém fala dos indícios avassaladores contra Lula, um petista diz que o PSDB também rouba. Tenta-se transformar tudo numa questão ideológica. Mas tudo é caso de polícia – disse, fazendo contra ponto ao seu grande companheiro de sucesso, Wágner Moura, que recentemente criticou a “politização” da Operação.
Como a série será uma produção internacional, seu título, à princípio, será em inglês. Padilha trabalha com o nome provisório de “Jet Wash”. Para o diretor, isso deve ser alterado, já que, nos Estados Unidos, a tradução literal não faz sentido – lava-jato seria Car Wash – título de uma famosa comédia dos anos 1970.
José atualmente vive na América do Norte e declarou que o trabalho seria baseado em um livro ainda inédito, composto por entrevistas com os envolvidos no escândalo:
– O objetivo é narrar a operação policial em si e mostrar inúmeros detalhes esclarecedores que a própria imprensa desconhece – falou o diretor, que desenvolve uma atração sobre a história das gangues das prisões americanas, intitulada “The Brand”, para o canal pago Showtime.
Ainda não há data para lançamento da produção. Após a segunda temporada da série “Narcos”, Padilha vai dirigir o filme de ação “Entebbe”, sobre uma operação histórica de combate contra o terrorismo.