“Meu 2 Pais”, com Pedro Monteiro e direção de Cesar Augusto, estreia no Futuros – Arte e Tecnologia

Não é de hoje que o conceito de família se expandiu, se diversificou, e suas múltiplas configurações estão presentes e felizes na sociedade. Mas quem foge do modelo considerado tradicional sempre encontra alguns (ou muitos) desafios. O autor e novelista Walcyr Carrasco escreveu o livro “Meus 2 Pais” para falar desses desafios e mostrar para crianças a importância de aceitar as diferenças. A obra ganha agora adaptação integral para os palcos, em espetáculo realizado pelo ator Pedro Monteiro, com direção de Cesar Augusto, que estreia dia 20 de maio, no Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia (antigo Oi Futuro), no Flamengo. As sessões serão aos sábados e domingos, às 16h, até 9 de julho. O projeto conta com patrocínio da Oi e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei de Incentivo à Cultura.

Crédito Beto Roma

“Para nós, o teatro infantil é um veículo potente de experimentação, de descobertas de novas ideias e conceitos. Nossa missão é, por meio da arte, estimular o olhar crítico e construtivo. Com “Meus 2 Pais”, o Futuros – Arte e Tecnologia recebe em seu teatro um espetáculo que proporciona ao público familiar, com a linguagem dos games, viver e refletir sobre temas tão presentes nas vidas de muitas crianças como: as diferentes configurações familiares, bullying e os conflitos internos causados pela separação dos pais’’, explica Victor D’Almeida, gerente de cultura da instituição.

A peça conta a história de Naldo, menino de 9 anos, que tem que lidar com a separação dos pais. Quando a mãe precisa se mudar de cidade, ele passa a morar com o pai e seu amigo, Celso. Não demora muito, o garoto começa a sofrer bullying na escola e descobre que o pai é gay. Será que ele vai aceitar sua nova família? O projeto começou a ser desenvolvido antes da pandemia, quando o ator Pedro Monteiro, que vive o protagonista, leu o livro de Walcyr Carrasco e logo imaginou colocar esta história em cena. A peça encerra sua trilogia sobre paternidade, iniciada com o drama “Pão e Circo” (2021) e seguida pela comédia “Pai ilegal” (2022).

“Assim que li o livro de Walcyr Carrasco me emocionei e pensei em uma adaptação para os palcos. Eu me interessei não só pela questão principal, que é a de como um garoto lida com a descoberta de um pai gay, mas também pelos temas paralelos: bullying na escola, a diversidade em ambientes familiares, a influência dos amigos e os conflitos internos de uma criança”, explica Pedro Monteiro.

Crédito Beto Roma

Pedro Monteiro estará sozinho no palco, mas contracenará com os atores Kelzy Ecard, Claudio Lins, Betina Viany, Rodrigo França, Gabriela Estevão e Tamires Nascimento, que aparecem em cenas virtuais. O espetáculo é dinâmico e foi todo foi construído como uma partida de videogame, em cenário criado por Beli Araújo, figurinos de Marcelo Olinto, trilha sonora original de André Poyart e iluminação de Ana Luzia de Simoni.

“Nosso espetáculo usa a linguagem dos jogos eletrônicos para simular a cabeça criativa de uma criança”, explica o diretor Cesar Augusto. “Queremos tratar de um tema importante de maneira saborosa, com abstrações, onomatopeias e sensibilidade. Afinal, teatro também é jogar com a plateia”, completa.

Sobre Cesar Augusto

Cesar Augusto é membro fundador da Cia dos Atores, um dos mais renomados grupos de teatro do Brasil, no qual tem trabalhado há 35 anos como ator, diretor e, eventualmente, cenógrafo. É diretor do TEMPO_FESTIVAL há dez anos. Foi diretor artístico da ocupação CÂMBIO, nos teatros Gláucio Gill e Café Pequeno, ambas indicadas ao Prêmio APTR. Também esteve à frente, como curador de artes cênicas, do Instituto Galpão Gamboa. Com a Cia dos Atores, dirigiu e atuou em dezenas de espetáculos, entre eles “Melodrama”, “Ensaio.Hamlet”, “Insetos” e “Conselho de Classe” e, atualmente, “Julius Caesar – Vidas Paralelas”. Como diretor, conduziu dezenas de produções teatrais e shows. Atualmente, dirige “A Tropa”, em cartaz há sete anos, com Otávio Augusto, e “Cerca Viva”, texto de Rafael Souza-Ribeiro. Durante a pandemia, dirigiu e atuou em diversos trabalhos que receberam indicações e foram vencedores do prêmio APTR. Em 2016, recebeu o prêmio APTR, categoria Especial, pela multiplicidade de ações artísticas.

Sobre Pedro Monteiro

Dramaturgo, ator e diretor, Pedro Monteiro apresenta “Meus 2 Pais”, o oitavo espetáculo realizado por ele. A peça fecha uma trilogia sobre paternidade iniciada com “Pão e Circo” (2021), encenada virtualmente devido à pandemia, e seguida por “Pai Ilegal” (2022). Este ano, também estreou “Maria Leopoldina – Pedras, Perdas e Partos”, em bem-sucedida temporada Teatro Café Pequeno, no Leblon, e o documentário “Primeiro Ano”, em cartaz no Youtube. Em 2019, produziu e protagonizou o filme “Sonho de Rui – Um Braddock Possível”, com roteiro de Ulisses Mattos e codireção de Ulisses e Cavi Borges. Em 2016, estreou o espetáculo “Entregue seu Coração no Recuo da Bateria”, com sucesso de público e crítica. Produziu e atuou no espetáculo “Um de Nós”, em 2015. Em 2012, realizou o musical “Funk Brasil – 40 anos de Baile”, no Teatro Miguel Falabella, levando pela primeira vez uma obra sobre o movimento funk para o teatro. Este projeto foi vencedor do edital de montagem cênica do governo do Estado do RJ 2011; do Prêmio Myriam Muniz da Funarte 2012; do edital do SESI 2014; do edital do Governo do Estado do Rio de Janeiro para iniciativas artísticas ligadas ao funk; e do pitching Favela Criativa em 2015. Em 2008, estreou a peça “Os Ruivos”, no Espaço Cultural Sérgio Porto, que depois fez turnê nacional. Em parceria com a produtora Cavídeo, lançou, em 2009, “Vida de Balconista”, primeiro longa-metragem em celular. Com direção de Pedro Monteiro e Cavi Borges e protagonizado por Mateus Solano, a obra participou do Festival do Rio em exibição especial no cinema Odeon pelo segmento “Novos Rumos”.

 Sobre o instituto Oi Futuro

O Oi Futuro é o instituto de inovação e criatividade da Oi para impacto social, que apoia, desenvolve e cocria programas e projetos transformadores nas áreas de Cultura, Educação e Inovação Social. Há 21 anos, o Oi Futuro estimula indivíduos, organizações e redes a construírem novos futuros, com mais inclusão e diversidade, por meio de ações e parcerias em todo o Brasil. 

Desde 2005, o Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma programação diversa e inovadora que valoriza a convergência entre arte contemporânea, ciência e tecnologia. Com média de 100 mil visitantes por ano, o espaço abriga galerias de arte, um teatro multiuso, um bistrô e também o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças históricas sobre as comunicações no Brasil. O Musehum oferece experiências imersivas e interativas que convidam o público a refletir sobre o impacto das tecnologias nas relações humanas.

O Oi Futuro gerencia também o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que já apoiou mais de 2.500 projetos culturais em todo o país ao longo de 17 edições realizadas por editais públicos. Ainda na área cultural, o instituto idealizou e mantém o Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, que oferece infraestrutura e formação para artistas, profissionais e empreendedores da Economia Criativa.

FICHA TÉCNICA:

Texto: Walcyr Carrasco

Direção: Cesar Augusto

Diretor assistente: João Gofman

Assistente de direção: Romulo Chindelar

Elenco: Pedro Monteiro, Betina Viany, Claudio Lins, Gabriela Estevão, Kelzy Ecard, Rodrigo França, Tamires Nascimento

Cenário: Beli Araújo

Figurinos: Marcelo Olinto

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Trilha sonora original: André Poyart

Pesquisa sonora: João Gofman

Direção de Movimento: Carol Ozório

Visagismo e maquiagem: Andy Lima

Projeção mapeada: Renato Krueger

Operador de Câmera: Hernane Cardoso

Som direto: Lucca Valor

Logger e Still: Sandro Demarco

Costura e tingimento de figurinos: Almir França

Costura de cenário: Nice Tramontin

Cenotécnico: M W Serviços Cenotécnicos

Assistente de iluminação: Pedro Carneiro

Camareira (estúdio): Jacyara de Carvalho

Assessoria de imprensa: Paula Catunda e Rachel Almeida

Fotos de Divulgação: Beto Roma

Redes sociais: Rafael Teixeira

Designer Gráfico: Davi Palmeira

Assistente de Produção: Caroline Matos

Direção de produção: Dani Carvalho (Desejo Produções)

Realização: Pedro MonteiroS

“Meus 2 pais”

Temporada: De 20 de maio a 9 de julho de 2023

Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo (Acesso próximo ao Metrô do Largo do Machado)

Telefone:(21) 3131-3060

Dias e horários: sábados e domingos, às 16h

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)

Lotação: 63 pessoas

Duração: 50 min.

Classificação etária: livre

Venda de ingressos: www.sympla.com.br

Site: https://futuros.org.br/
Instagram: @futuro.artetecnologia
Facebook: https://web.facebook.com/InstitutoOiFuturo
Twitter: @Oi_Futuro

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *