Morreu aos 71 anos a atriz Elke Maravilha, após complicações de uma operação de úlcera. A artista estava internada desde o dia 20 de junho na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul. A família ainda não definiu data e local do sepultamento.
Em sua página oficial no Twitter, um recado foi deixado sobre a morte:
– Avisamos que nossa Elke já não esta por aqui, conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa viagem. ‘Eros anikate mahan’ (O amor é invencível nas batalhas). Crianças: conviver é o grande barato da vida,aproveitem e convivam – dizia a mensagem
Nascida em São Petesburgo, na Rússia, Elke veio ao Brasil ainda criança. Nos mais de 50 anos de carreira, foi manequim, modelo, jurada, apresentadora e atriz. Filha de um russo com uma alemã, foi desde nova ambientada em locais culturais, chegando até mesmo a falar nove idiomas como russo, o português, o alemão, o italiano, o espanhol, o francês, o inglês, o grego e latim.
Elke foi presa no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em fins de 1971, depois de rasgar, aos gritos de “covardes, como ousam, vocês já o assassinaram!”, cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho de sua amiga Zuzu Angel, já então morto depois de torturas na Base Aérea do Galeão. Foi enquadrada na Lei de Segurança Nacional, o que a deixou apátrida. Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possuía.
Na TV fez 12 novelas e no cinema mais de 30 produções.