“Muito barulho por nada” chega aos cinemas do Brasil em nova versão de Joss Whedon

196846_331179_much_ado_about_nothing_14A clássica comédia de William Shakespeare “Muito barulho por nada” (“Much ado about nothing”) ganha uma releitura moderna, assinada pelo diretor e roteirista Joss Whedon, conhecido pelo trabalho em filmes como “Os vingadores”. A partir do texto original, a história de um casal em eterno conflito, o filme oferece uma visão sombria, sexy e, por vezes, absurda sobre o amor. A estreia nacional acontece no próximo dia 9 de agosto. No Brasil, o longa é distribuído pela H2O Films.

Ao longo dos últimos 400 anos, as peças de Shakespeare continuam a intrigar e emocionar o público. Inteligente e mordaz, “Muito barulho por nada” mostra situações pelas quais todos devem passar em busca do amor, independentemente da época em que vivem.

Popular por seus trabalhos em produções de ficção científica e ação, como as séries de TV “Buffy – A caça vampiros”, a animação “Toy story: Um mundo de aventuras”, entre outros, esta é a primeira vez que o americano Joss Whedon fica à frente de um trabalho com esse gênero.

A ideia de filmar um texto de Shakespeare surgiu a partir de leituras descompromissadas que Joss Whedon organizava em sua casa, juntamente com amigos, alguns atores com experiência teatral e outros sem qualquer contato anterior com clássicos. Em determinado momento, quando Joss decidiu filmar “Muito barulho por nada”, ninguém se surpreendeu. Acharam que seria um registro com câmera do que já estavam habituados a fazer. Porém, ao chegarem à casa do diretor, encontraram um set completo, com figurino e uma equipe pronta para filmar.

A escolha do elenco foi feita diretamente por Joss, que convidou antigos colaboradores e amigos, como Amy Acker, Alexis Denisof e Fran Kranz, que interpretam “Beatrice”, “Benedick” e “Claudio”, respectivamente. Ainda integram o elenco: Clark Gregg, Reed Diamond, Nathan Fillion, Sean Maher, Spencer Treat Clark, Jillian Morgese, entre outros.

Apesar da ambientação contemporânea, o diretor também mescla elementos de diferentes épocas, com os diálogos formais do texto original e a estética em P&B (o filme foi gravado integralmente em preto-e-branco), alinhada em conjunto com o diretor de fotografia Jay Hunter.

As filmagens foram realizadas em 2011, logo após Joss completar “Os vingadores”. Em apenas 12 dias e de forma independente, o diretor usou sua própria casa como locação em praticamente todas as cenas. A produção é do Bellwether Pictures, estúdio recém-lançado por Whedon e a produtora Kai Cole.

Imediatamente após a produção de “Muito barulho por nada”, Whedon teve que começar a pós-produção de “Os vingadores”. Ele e seu assistente, Daniel Kaminsky, editavam o filme em seus laptops no horário de almoço e nos fins de semana. Sete semanas depois, a produção de “Os vingadores” foi concluída e a equipe de pós-produção, com o supervisor de som Victor Ennis e o colorista Dave Cole, chegaram para finalizar e dar um polimento cinematográfico.

O trabalho representa um desafio a mais para Joss Whedon, já que marca a sua estreia como compositor de trilha sonora para cinema. Ao lado do supervisor musical Clint Bennett, ele desenvolveu melodias e estruturas próprias, além de criar novos arranjos para “Sigh no more” e “Heavily”, duas das músicas que Shakespeare escreveu para a peça original. Deborah Lurie ajudou a arranjar os esboços e temas na trilha sonora, que depois seria tocada por músicos. O irmão de Joss, Jed Whedon, também contribuiu para as músicas, coescrevendo, tocando e produzindo vários momentos no filme.

Assista ao trailer:

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