Rio Cello celebra seus 25 anos e volta a ocupar os principais espaços culturais da cidade

O maior festival de violoncelos do país está completando 25 anos, sem esmorecer diante das dificuldades enfrentadas por todo o mercado cultural do país, e, o mais importante, oferecendo uma programação plural e sofisticada para todos os gostos. Neste ano o Rio International Cello Encounter (Rio Cello para os íntimos) vai homenagear Heitor Villa Lobos (em 2019, completam-se 60 anos de sua morte),  Led Zeppelin (50 anos de carreira) e Clara Schumann (200 anos do nascimento da pianista e compositora alemã). Desde o dia 6 de agosto, o Rio voltou a ser sede das mais variadas linguagens do violoncelo – em outras cidades, o evento começou no dia 2 de agosto. O festival internacional – que há ¼ de século programa concertos de excelência, nacionais e internacionais, de música, dança e artes visuais – vai promover, até o dia 18 de agosto, atrações a preços populares e gratuitos em importantes palcos culturais da cidade e também em Volta Redonda e Florianópolis. Idealizado e capitaneado pelo violoncelista inglês David Chew, desde a sua primeira edição, em 1994, o Rio Cello traz em sua programação, além de concertos, espetáculos de dança, exposições de arte, masterclasses e workshops. 

O festival se inicia, no dia 6 de agosto, no Sesc Copacabana, com o encontro de Gilson Peranzzetta (piano), Mauro Senise (sax) e o Quarteto de Cordas da UFF. No dia seguinte, o mesmo palco receberá o saxofonista argentino Blas Rivera com o Quarteto de Cordas da UFF e Rio Cello Strings (orquestra de cordas), um repertório que remonta aos clássicos do cinema (Cello Cinema).

O quarteto norueguês Cellolyd é um dos grandes destaques do ano e fará apresentações na Cadeg e no Teatro João Caetano (dia 10/08), como parte da programação do Cello Dance em parceria com o Festival MovRio, no SESC Copacabana, no dia 14. Através de importantes apoios, músicos internacionais de renome darão ainda mais brilho à programação: com apoio do British Council, Colin Carr, grande solista inglês, apresenta, no dia 17, na Sala Cecília Meireles, o concerto de  Elgar (nova versão adaptada do compositor inglês David Ashbridge), em primeira audição mundial, com a Orquestra Sinfônica Brasileira, regida pelo maesto inglês Russell Guyver. Com apoio do Consulado da  Alemanha, o cellista alemão de jazz Gunther Tiedemann se apresenta no SESC Copacabana, dia 13, com o também violoncelista Yaniel MatosJosé Staneck (gaita) e Blas Rivera (saxofone), além de se apresentar solo, dia 16, na Sala Cecília Meireles. Aliás, o SESC Copacabana receberá, também no dia 13, o Rio Cello Jazz Quartet, formado pelos violoncelistas Dave Haughey, Gunther Tiedemann, Mateus Ceccato e Yaniel Matos, com suas peculiares leituras jazzísticas z parte deste encontro de quatro violoncelos.

Outros grandes nomes recheiam a programação, como o grupo alemão de música eletrônica Aggregat, pela primeira vez no Brasil (apresentações  na Sala Cecília Meireles, Museu do Amanha e Cidade das Artes); a pianista Linda Bustani, o London Music Club Piano Quartet e Trio Twichell – homenagem a Clara e Robert Schumann e Brahms – a Orquestra de Cellos e Cordas de Volta Redonda, com regência de Sarah Higino, na Candelária, no Dia dos Pais (11/08). A festa de encerramento será no dia 18, na Sala Cecília Meireles, com o encontro musical VIOLONSALADA, reunindo os melhores momentos do Rio Cello 2019 e celebrando os 60 anos de Villa-Lobos, os 50 anos de Led Zeppelin com o Victor Biglione Trio e o Rio Cello Ensemble, juntando os cellos da OSB e grande solistas com Colin Carr e as sopranos  Marilia Vargas e Marina Considera.

RIO CELLO

Radicado e apaixonado pelo Brasil há 35 anos, o violoncelista David Chew, fundador do festival, mantém firme seu propósito de popularização da música clássica e de homenagear o maestro Villa-Lobos, sua maior inspiração.“Nossa intenção é levar o poder de transformação social da música a espaços públicos e comunidades. No início, era um encontro de violoncelistas, mas o projeto cresceu e hoje recebe diversos instrumentos e múltiplas linguagens artísticas. Desta forma, o festival alcança seu principal objetivo que é incluir a música na vida diária de todas as pessoas”, declara o músico.

Em 25 anos, o festival já comprovou o seu sucesso, com recordes de público em eventos de música clássica no Brasil. Os números impressionam: 550 mil espectadores, 12 mil músicos, 900 concertos, 650 horas de workshops e masterclasses. Ao longo de sua extensa trajetória, o Rio Cello consolidou-se como uma grande plataforma multicultural no qual música, dança, poesia, artes plásticas e cinema que integram um evento de grande sofisticação artística e responsabilidade social.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA – também no site www.riocello.com.br

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