Samuel Rosa, vocalista do Skank, anunciou a separação do grupo com a turnê de despedida “30 anos”. A notícia veio em uma entrevista feita neste domingo, 03, ao jornal “Folha de São Paulo”. Segundo o cantor, não é o fim da banda, mas “uma parada sem previsão de volta”.
O astro disse que em 2020 os mineiros passarão pelo Brasil com shows de despedida. De acordo com ele, a banda não será encerrada, Mas que havia uma necessidade de fechar um ciclo por conta do cenário atual:
– Ainda tenho pretensão de voltar a tocar com o Skank. Vislumbro isso lá na frente. Só que de uma outra forma, em outra circunstância, em algum projeto pontual. – disse à Folha.
Samuel confirmou que partiu dele a iniciativa da separação, mas que o clima não foi bélico entre os integrantes. A publicação conversou com o baixista Lelo Zaneti, que afirmou “não acreditar que é preciso estar em baixa para dar uma parada, não precisa ser trágico, nem problemático”.
Rosa afirmou que a saída veio de uma necessidade de motivação própria:
– Quero me testar em outro ambiente musical, com outros parceiros. Cara, são 30 anos tocando com as mesmas pessoas! Já fiz de tudo lá. Está na hora de brincar um pouco, sabe? – questiona, ao falar que a música mudou.
Afirmando que a repetição poderia levar o grupo ao ostracismo, Samuel explicou os motivos:
– É arriscado viver a vida sem correr riscos. O Skank já não oferece mais riscos. É muito cômodo. Você repete muitas vezes com medo do novo, mas você não percebe que é nesse amparo que você está se sufocando, morrendo. Eu já quis parar o Skank outras vezes. (…) Muita gente acha que longevidade é sinônimo de sucesso, mas às vezes é simplesmente uma falta de assunto. – desabafou à publicação.
Dizendo ser impossível competir com a indústria musical dos novos tempos, o vocalista não ficou em cima do muro:
– O mundo não é como na nossa época, quando só tinha Flamengo, Coca-Cola, catolicismo e acabou. Hoje, há uma porrada de coisas ao mesmo tempo, e isso é salutar. – finalizou.