Theatro Municipal do Rio de Janeiro abre Temporada 2018 com a “Ressurreição”, de Mahler

A Segunda Sinfonia de Mahler (“Ressurreição”) foi a obra escolhida pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro para a abertura de sua Temporada 2018. Sob a regência do maestro Tobias Volkmann, a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal receberá a Orquestra Sinfônica Brasileira nos dias 31 de março e 1º de abril para, juntas, interpretarem a complexa obra que traça uma narrativa sobre a beleza da vida após a morte e ressurreição.

“A sinfonia deve ser como o mundo. Deve abranger tudo”. A famosa frase de Gustav Mahler poderia ser usada para ajudar a descrever suas obras sinfônicas. Todas são épicas, intensas, escritas para muitos instrumentos. E dessa necessidade de uma orquestra com tantos músicos extras surge uma parceria inédita: Pela primeira vez na história a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e a Orquestra Sinfônica Brasileira, estarão juntas, somando mais de 120 músicos no palco. Eles se juntarão, ainda, a 95 cantores do Coro (sendo a soprano Flavia Fernandes e a mezzo-soprano Denise de Freitas as solistas) e às bailarinas Ana Botafogo e Cecília Kerche, que apresentarão coreografia criada por Marcelo Misailidis. “É com muito orgulho que recebo a Orquestra Sinfônica Brasileira, pois já fui seu diretor artístico. Agora, tenho a alegria de juntar pela primeira vez as duas orquestras neste evento histórico” – diz o presidente da Fundação Theatro Municipal Fernando Bicudo.

A parceria, no entanto, tem um significado especial para a OSB, que estava impedida de se apresentar no festejado palco carioca, em função de um impasse financeiro. Os concertos em questão quitam uma dívida que a Sinfônica Brasileira tinha com o Theatro Municipal e reabre as portas da casa para a Orquestra. “Ficamos muito felizes e gratos com a possibilidade de resolver com nossa arte as pendências que impediam a OSB de voltar ao Municipal. O convite para abrirmos a temporada 2018, feito pelo Presidente do Theatro Fernando Bicudo, é um exemplo de solidariedade entre instituições, que são parceiras históricas. Não poderia ser mais emblemático o repertório escolhido, bem como o fato inédito de termos OSTM e OSB juntas no palco do Municipal” – comemora o diretor artístico da OSB Pablo Castellar.

Com a Sinfonia nº 2, Mahler busca contar a história da vida. O primeiro movimento é considerado um grito angustiado buscando compreensão e significado, enquanto o segundo movimento é um tipo de reflexão nostálgica em tempos mais felizes. Usando as palavras do próprio Mahler, o terceiro movimento “é uma ruminação sobre a natureza sem sentido da vida”. Porém, o quarto vem como uma resposta a essa ideia e contempla a beleza e o significado da vida. O quinto movimento, de conclusão, é uma expressão de esperança e otimismo.

A Orquestra Sinfônica Brasileira conta com a Lei Rouanet, tem a NTS como mantenedora e a Vale, Brookfield e Eneva como Patrocinadoras.

A “Ressurreição”, de Mahler, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, tem Patrocínio Ouro da Petrobras e Lei Rouanet de Incentivo à Cultura / Ministério da Cultura.

 

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