Entrevista com PABLO MORAIS, o Bacana de “Subúrbia”

Um rosto belo e talentoso vem chamando a atenção das telespectadoras desde a estreia de Suburbia na Globo, em 1 de novembro. O ator goiano Pablo Morais, 19 anos, é um dos lançamentos do diretor Luiz Fernando Carvalho na série, exibida todas as quintas-feiras após Como Aproveitar o Fim do Mundo, na faixa das 23h.

Apesar de estar fazendo sua estreia na telinha, Pablo conhece desde cedo os holofotes. Começou aos 9 anos como modelo, e nos últimos anos participou de desfiles e trabalhos fotográficos em Nova York, tendo sido clicado por fotógrafos como Mario Testino e Terry Richardson. Em entrevista exclusiva ao Cult Magazine, ele conta como chegou ao papel do Bacana em Subúrbia, a experiência de trabalhar com o diretor Luiz Fernando Carvalho (Capitu, Hoje é Dia de Maria), e a relação com a “irmã postiça” Mayana Moura, a Veruska de Guerra dos Sexos – nas palavras de Pablo, “a mulher mais especial do mundo”. Confira.

CULT MAGAZINE – Pablo, além de ator você também é modelo. Conte um pouco sobre como começou a modelar.

PABLO MORAIS – Quando fazia tecido acrobático, aos 9 anos de idade, uma amiga me falou que eu poderia dar certo no mundo da moda. Aí fui à agência dela, me apresentei, fiz o cadastro, e foi tudo dando certo. Desfilei na Flamboyant Fashion e, a partir daí, nunca mais parei.

Quando decidiu ser ator? Que cursos você fez para interpretar?

Sou daqueles que acreditam que chegamos ao mundo com algo previsto – e, no meu caso, esse “algo” são as artes cênicas. Estudei teatro no grupo Nós do Morro, com Guti Fraga (que também está no elenco de Subúrbia, na pele de Éder), e na Casa de Cultura Laura Alvim com o ator Daniel Herz. Além disso, cursei Antropologia no Grupo de Estudos em Oralidade e Performance – GESTO, da Universidade Federal de Santa Catarina, e busquei laboratórios de interpretação durante o período em que morei em Nova York. Também encenei a peça Os Sete Pecados Capitais, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Como você chegou à produção de Subúrbia?

Eu estava morando em Nova York, estudando e trabalhando como modelo, quando recebi um e-mail do meu empresário, avisando que o Nelson Fonseca (produtor de elenco de Subúrbia) tinha um personagem que era a minha cara. Ele me mandou o texto, que, após estudá-lo, eu gravei com uma câmera de mão e mandei. Pouco depois, ele me retornou pelo Skype, dizendo que o Luiz Fernando Carvalho (diretor da série) queria me conhecer pessoalmente. Aí não esperei muito: voltei ao Brasil, fiz os testes e coloquei vida no Bacana de Subúrbia.

Seu personagem em Subúrbia é um morador de Madureira chamado Bacana. Fale um pouco sobre ele. Você se identifica em algo com o Bacana?

O Bacana é um cara que se tornou juiz muito jovem. Por isso, vive achando que o mundo está a seus pés, sobretudo as mulheres. É um cara impulsivo, sem escrúpulos. Caminha por Madureira sempre com aquele ar de superioridade sobre tudo e todos, montado em sua moto – que é seu verdadeiro amor, pois vê todas as mulheres como se já fossem dele. Essa paixão pela moto, aliás, é a única que temos em comum. Gosto também do figurino do Bacana, as roupas são tão lindas e bem-feitas que me identifiquei.

Como é ser dirigido por um profissional do calibre de Luiz Fernando Carvalho? Você já admirava o trabalho dele?

Luiz Fernando Carvalho é um diretor fantástico, um ídolo. Fiz questão de estudar as obras dele antes de conhecê-lo: Renascer (1993), O Rei do Gado (1995) – que me lembro de assistir com minha mãe quando era pequeno –, Afinal, O Que Querem as Mulheres (2010), o filme Lavoura Arcaica (2001). O toque artístico dele, que trabalha em cima da verdade, do lado humano do personagem, conduz a um estado contínuo de emoção da cena. Ele consegue te colocar em um lugar de alegria, de gosto pelo seu trabalho e pelo seu personagem. É um diretor que, quando você realmente se entrega a ele, faz a soma de cada ator com sua obra. E aí está o resultado em Subúrbia.

Como modelo você já foi clicado por grandes fotógrafos internacionais, como Mario Testino, Terry Richardson e Bruce Weber. Como foram essas experiências? Você ainda mantém contato com algum deles?

Foi ótimo ver como cada um trabalha e se relaciona com a câmera, a proposta, os colegas de trabalho. Tenho muito contato com o Mario Testino, que virou meu grande amigo e meu ídolo. Já com o Terry vou voltar a trabalhar agora, em janeiro de 2013. Gosto de todos eles, são gênios da fotografia.

Vamos falar agora da sua vida pessoal. Tem namorada ou está solteiro? O que uma menina precisa fazer para te conquistar?

Estou solteiro. Para me conquistar, a menina precisar ser verdadeiramente uma princesa. E, claro, gostar de arte.

Já está sendo assediado pelas fãs? Como lida com isso?

Ainda não, não mesmo. (risos). Mas não creio que terei problemas quando começar a acontecer. Faz parte do reconhecimento do nosso trabalho, é uma grande dádiva para qualquer ator. Afinal, trabalhamos com o público.

Alguns veículos publicaram que você é irmão de criação da atriz Mayana Moura, que atua na novela Guerra dos Sexos. É verdade mesmo? Explique esse “parentesco”.

Somos grandes amigos, e isso de irmão agora está tomando forma. Ela é a mulher mais especial do mundo, porque os seus pensamentos e atitudes são de uma pessoa que carrega muita arte e muito amor pela vida que leva. Sendo ou não minha irmã, o meu amor pela Mayana nunca vai acabar, só aumentar.

Você admira o trabalho da Mayana como atriz? Gostaria de contracenar com ela?

Muitíssimo. Foi ela quem me ensinou a profissão ao pé da letra. Nós estudávamos juntos os roteiros das novelas que ela fazia, e aprendi muito a partir disso. Acho a Mayana uma das melhores intérpretes da atualidade na TV brasileira, e quero muito trabalhar com ela em uma oportunidade. Vamos ver o que a vida nos reserva.

Como planeja seu futuro para depois de Subúrbia? Pretende conciliar as carreiras de ator e de modelo?

Com toda a certeza! Continuo estudando e me preparando, me aperfeiçoando, como sempre. Gosto de trabalhar com cinema, televisão, música, arte. Sempre quero trabalhar, ainda mais quando se trata de câmera! O trabalho alimenta a alma do ser humano.

 

Por Felipe Brandão.

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