Katy Perry encerra Rock in Rio com chuva de hits e A-Ha emociona todas as gerações

Um show de hits. Foi assim que terminou a sexta edição do Rock in Rio. Katy Perry brilhou em mais um show recheado de músicas famosas e grandiosa produção, mas contou com a generosa e histórica apresentação do A-Ha, que desfilou seus sucessos de 30 anos. Gerações das mais diversas curtiram os dois shows, que ainda teve a novata AlunaGeorge e o balanço sempre infalível do Cidade Negra. No Palco Sunset, a mistura foi maior que em todos os outros dias e também sacudiu fãs de todas as idades com Al Jarreau, Suricato e a festa de 450 anos do Rio de Janeiro

Suricato

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O último dia do Palco Sunset começou com os brasileiros do Suricato e o americano Raul Midón. Misturando diversos ritmos, o show foi muito bem recebido, principalmente pelo sucesso que a banda fez no reality “Superstar”, da Rede Globo, e os efeitos que Midón fazia com a boca enquanto cantava. O grupo também misturou bastante os instrumentos em favor das músicas. Entre as canções estavam “Eu não amo todo dia”, “Don’t take it that away” e uma homenagem ao Barão Vermelho com “Pro dia nascer feliz”.

Aurea

Divulgação / Rock in Rio

Repetindo a parceria do Rock in Rio Lisboa 2014, Aurea e Boss AC vieram na sequência. Considerada uma das maiores cantoras portuguesas da atualidade, Aurea começou com “Main Things” e logo Boss entrou com seus versos e “Hip Hop”.

A cantora mixava bastante sua bela voz com um soul que embalava os fãs. Uma versão diferente de “Don’t worry, be happy” fez sucesso, assim como a música de encerramento da apresentação, o grande hit de 2015, “Happy”, do americano Pharrel Williams.

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Dois nomes importantíssimos da música subiram ao palco como penúltima atração: Al Jarreau e Marcos Valle. Jarreau já conquistou a plateia na primeira canção, cantando “Your Song”, do Elton John, sempre com seu carisma peculiar. Valle veio em seguida cantando “Samba de verão”, obra que convenceu Al se apresentar no Rock in Rio. O americano, fã de bossa nova e música brasileira, quando descobriu quem era seu parceiro no festival, prontamente aceitou.

Se não foi um show arrebatador como os de ontem, foi para apreciar o vencedor de sete grammys e muita sabedoria musical. A cada canção o público parecia perceber que estava diante de um nome de peso. Foi assim em “Boogie Down” e a que encerrou, “Roof Garden”.

Roberta Sá

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Para comemorar os 450 anos do Rio de Janeiro, o Palco Sunset se despediu do Rock in Rio 2015 com canções que fizeram sucesso e tinham como tema a cidade. Começou com Davi Moraes tocando samba enredo na guitarra e passou para Simoninha cantar “Aquele abraço” e Gabriel O Pensador com “Até quando”. Em seguida veio Roberta Sá cantando ”Menino do Rio” e “Ela é Carioca”. Veio então Léo Jaime com ”Óculos” e Bucheca com “‘Solteiro no Rio de Janeiro”, onde todos os demais entraram cantando “W/Brasil”.

Teve ainda Alcione e Maria Rita com “FlaxFlu”, “O morro não tem vez”, “A Voz do Morro”, “O meu lugar” e, para encerrar, todos cantando o quase hino carioca, “Samba do avião”.

Cidade Negra

Divulgação / Rock in Rio

Abrindo o Palco Mundo, o nome mais famoso do reggae do Brasil: Cidade Negra e seu caminhão de hits. Toni Garrido e turma são experientes, mas fizeram a estreia no principal palco do festival. E a qualidade do grupo foi provada, começando com “A Estrada” e “Downtown”. Com bastante interação do público, os músicos iam se soltando e disparando seus sucessos, como “Girassol”, “Onde você mora” e “Firmamento”, onde antes de cantar repetiu o gesto que virou tradição nesta edição: Protesto político.

– Quem está muito p… com o que está acontecendo no Brasil, dá um grito ai! Mas quem acha que vai melhorar e tá fazendo sua parte, grita mais alto ainda – disse Toni Garrido, assim como fez Paralamas do Sucesso, CPM 22 e Ultraje a Rigor, nos dias anteriores.

Levantando bastante os fãs e com muita simpatia, o Cidade ainda cortou músicas do setlist por excesso de canções e pouco tempo. E nem assim a apresentação caiu, pelo contrário, ainda deu tempo de saudar o Dia de Cosme e Damião ao som de “O Erê” e finalizou com “Solteiro No Rio de Janeiro”. A noite começou muito animada.

AlunaGeorge

Divulgação / Rock in Rio

Substituindo a cantora Robyn, que cancelou seu show devido a problemas após o falecimento de um integrante da banda e o mal desenvolvimento do trabalho posterior, o duo AlunaGeorge subiu como segunda atração do Palco Mundo. Com batidas eletrônicas e muita expressão corporal, a britânica conquistou os fãs que estavam debaixo de chuva. Por ser uma artista de abertura dos shows da Katy Perry, a recepção foi positiva.

Começou com “Attracting flies” e “Supernatural”. Em “White noise” e “Kaleidoscope love”, a cantora partiu para próximo da plateia e, mesmo molhada, pulava e conseguia ainda mais simpatia dos presentes. Basicamente com estilo hip hop e muito gingado, o duo que se transformou em apenas um monólogo, conseguiu se virar bem com a escalação em cima da hora e encerrou com “You know you like it”.

A-Ha

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Uma das bandas de maior sucesso dos anos 80, o A-Ha entrou no Palco com uma recepção muito acima das demais e emocionou. Ainda com chuva intensa, o grupo abriu com “I’ve Been Losing You” em meio a histeria dos fãs. Quando a sequência musical começou, era como se o Rock in Rio inteiro tivesse sido levado por um Túnel do Tempo. Muitos jovens, que nem eram nascidos na primeira apresentação do grupo no festival, em 1991, cantavam junto com o vocalista Morten Harket.

E o repertório foi, de longe, o que causou mais comoção. Nem Elton John ou Rod Stewart fizeram tantos relembrarem momentos marcantes ao som de “Crying In The Rain”, “You Are The One”, “Stay On These Roads” e na mais emblemáticas delas, “Hunting High And Low”, onde todos colocaram os celulares acessos para cima. O gesto repete o que aconteceu no Maracanã, na segunda edição do festival, que é considerado o maior show pelo Guinness Book, com 198 mil pessoas. Morten estava visivelmente emocionado ao ver que gerações inteiras cantavam obras de duas décadas atrás.

A chuva já tinha ido embora quando se encaminhou pro fim do show e a emoção tomou conta de muitos ao chegar o maior hit da banda, “Take Me On”. Até quem não conhecia o grupo, por idade ou desaviso, entrou no clima e se divertiu em mais uma apresentação que entrou para a História do Rock in Rio e do A-Ha. Harket resumiu o sentimento de todos:

– Muito obrigado, Rio. Muito obrigado. Como é bom estar aqui novamente. Feliz Aniversário, Rio de Janeiro – falou, para em seguida sair de cena e deixar um legado com novos fãs da banda.

Katy perry1

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Responsável por encerrar esta edição, Katy Perry novamente não poupou efeitos especiais em seu show. Com a maior e mais incrível mudança de cenário de 2015, a californiana começou a apresentação com “Roar”, maior single do seu último disco e que dá nome à turnê: “Prism”. Em seguida vieram “Part Of Me”, de “Teenage Dream”. Após “Wide Awake”, veio a primeira mudança. Cada fase do espetáculo tinha uma simbologia, entrou então a da “Egípcia”.

Vieram também os singles “Dark Horse”, onde Katy surgiu em cima de um cavalo egípcio e com indumentária à caráter. “ET”, “Legendary Lovers” e “I Kissed a girl”, música que a lançou no cenário pop, fecharam esta parte. Parecendo cansada, toda hora a respiração da americana “vazava” pelo microfone. Depois o cenário mudou novamente para temática “Cats”, onde ela e as dançarinas vestiam roupas de gato e cantaram “Hot n’ cold” com arranjo de jazz e “Internacional Smile”.

Nesse momento o caso mais curioso do show aconteceu, a cantora chamou até o palco uma fã de nome Rayana e ficou conversando com ela sobre “aprender português”. Ao final fizeram uma selfie e, após Katy dar um tapa em seu bumbum, a menina voltou e apertou o da estrela. Sob risos, Perry disparou:

– Raiaia, que atrevida! – falou a popstar, para risada geral e seguindo o show de forma acústica para “By the grace of God” e “The one that got away”.

Na quarta e última mudança de cenário, as músicas entraram em ritmo de street dance. Então vieram “Walking on air”, “This is how we do” e “Last Friday Night”. Encaminhando para o fim, o público ainda bastante animado curtiu “Teenage Dream” e seu mega sucesso “Californian Gurls”. O show foi finalizado com “Firework” e a queima de fogos na Cidade do Rock. Estava encerrado o Rock in Rio.

Apesar do ótimo show, a Katy Perry de 2015 é bem diferente de 2011, se agora está muito mais segura e precisa, perdeu um pouco do improviso que fez o show da edição anterior bem mais memorável e com saudades. Mas o Rock in Rio que prometeu ser grandioso este ano, terminou com a maior estrela pop do momento.

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